Saber lidar com críticas é essencial para o desenvolvimento pessoal e profissional

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Saber lidar com críticas é essencial para o desenvolvimento pessoal e profissional

Jun 01, 2022 | Comentários

Para a consultora organizacional, Caroline Marcon, tanto quanto inevitáveis as críticas são importantes, mas é preciso buscar o equilíbrio no momento de assimilá-las. Nem todos os apontamentos são construtivos

A arte de liderar é das mais difíceis, principalmente porque uma das qualidades imprescindíveis para a posição é saber gerenciar críticas, que costumam vir de todos os lados. Até os mais renomados líderes sofrem com isso.

A pressão de comandar diversas ações importantes ao país e ser julgada diuturnamente por isso fez a ex-secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, por exemplo, aconselhar outras mulheres que almejam se tornar líderes: "É importante aprender a levar as críticas a sério, mas não de modo pessoal". Isto porque, segundo ela, alguns detratores operam a partir de uma agenda. Assim, orientou profissionais a aprenderem com as críticas, mas não se deixarem arrastar por elas.

Convergindo com a orientação de Clinton, Caroline Marcon, consultora organizacional, coach executiva e professora de MBAs de Gestão Estratégica de Pessoas e Liderança da FGV/SP, ressalta que as críticas são inevitáveis e importantes para o desenvolvimento pessoal e na carreira. "Há críticas úteis e outras que só nos tiram do sério. O segredo de ser bem-sucedido nessa tarefa é saber identificar cada um dos tipos e lidar com as reações emocionais passageiras que eles geram", destaca Marcon.

A espcialista explica que as reações emocionais mais frequentes que as pessoas têm quando são criticadas são: vergonha e sentimentos de escassez e de comparação. Sobre a vergonha, Marcon esclarece que se trata daquela sensação de que nada do que se faz é bom o bastante. Segundo ela, levar a sério esse tipo de emoção gera perturbação e pode paralisar qualquer ação que se quiser tomar. Para a coach executiva, ao sentir vergonha, o líder deve relativizar o sentimento, com a certeza de que se trata de uma emoção comum a todos.

A emoção relacionada a escassez vem de uma noção de que o mercado de trabalho está saturado e já é muito tarde para começar de novo. Para lidar com esse sentimento, Marcon sugere que o líder comece a encarar sua atuação profissional sob um prisma diferente: "Ao invés de pensar que você é só mais um nesse mercado, reflita a respeito daquilo que te faz único na sua área".

O sentimento de comparação talvez seja o mais comum entre todos esses que são despertados quando o profissional se depara com uma crítica, afinal "a grama do vizinho é sempre mais verde". A consultora organizacional destaca a nocividade desse tipo de conduta e pede que diante desse sentimento o líder pondere que nada adianta para o crescimento profissional ficar se comparando com os outros e colocando-se para baixo. "Fazendo isso, você patina e, enquanto não sai do lugar, outros agem e se sobressaem", argumenta.

Após refletir e gerenciar as emoções que vêm a reboque das críticas, é preciso aprender a lidar com seus conteúdos. Segundo Marcon, o melhor a fazer é encontrar um ponto de equilíbrio entre aqueles que se devem assimilar e os que se devem descartar. "Se você ignorar todas as críticas, deixará de se conectar com as pessoas e pode deixar passar feedbacks importantes", diz. Por outro lado, conforme a especialista, se absorver todas elas, o profissional perderá a liberdade de ser quem é e fazer suas próprias escolhas.

Assim, Marcon aconselha aos profissionais assimilarem os apontamentos de pessoas as quais respeitam e de cujas boas intenções estão certos: "Aceite de bom grado as críticas de quem você normalmente procuraria para pedir conselhos".

Fonte: Portal Administradores.com - Redação

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